sexta-feira, 27 de maio de 2011

BB fará parceria com Nobel da Paz para microcrédito, diz Bendine Objetivo é trazer modelo de microcrédito criado por Yunus para o Brasil. Segundo o executivo, já há aporte de R$ 1,5 bilhão para iniciar projeto.

26/05/2011 16h01 - Atualizado em 26/05/2011 18h06

Alex Araújo Do G1 MG

O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, afirmou nesta quinta-feira (26) que o banco vai assinar um protocolo de intenções com o fundador do Grameen Bank, o maior banco do microcrédito do mundo, Muhammad Yunus. O objetivo, segundo Bendine, é trazer o modelo de microcrédito criado por Yunus para o Brasil. Bendine e Yunis participaram do IV Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade, em Belo Horizonte.
Muhammad Yunus (esquerda) e Aldemir Bendine em evento em Belo Horizonte nesta quinta-feira (26) (Foto: Alex Araújo/G1 MG)
Muhammad Yunus (esquerda) e Aldemir Bendine em evento em Belo Horizonte nesta quinta-feira (26) (Foto: Alex Araújo/G1 MG)
Conhecido como "banqueiro dos pobres" e agraciado com o Nobel da Paz em 2006, Yunus fundou o Graeem Bank em 1983 e, com essa instituição, concedeu créditos para 8,3 milhões de bengaleses, em sua maioria, mulheres.
De acordo com o executivo, apesar de o BB ter um modelo de microcrédito, será assinada uma parceria para transferência de tecnologia, que será adaptada para o modelo brasileiro. “Aqui o Banco do Brasil tem o microcrédito para consumo, e a orientação do professor Yunus vai colaborar pra transferir esse microcrédito para produtivo”, disse.
“O objetivo é ajudar as pessoas a crescerem e gerar a própria renda. Que as pessoas multifacetadas precisam de oportunidades para crescerem”, afirmou Yunus. “O dinheiro pegado de empréstimo de microcrédito precisa ser colocado em algum negócio para gerar mais renda. Assim as pessoas poderão ser autossustentáveis”.
De acordo com ele, o foco do microcrédito será “a pessoa mais pobre possível. Se a gente for na casa da pessoa e ela não tiver uma cama pra dormir, é essa pessoa que a gente vai escolher para o microcrédito”, afirmou. “Vamos privilegiar a pessoa que não tem quase nada”.
Segundo o presidente do BB, o banco enfrenta dificuldade para direcionar o microcrédito à produção porque eles “são feitos dentro das agências bancárias e depois não há como acompanhar e orientar como a pessoa deve gerir aquele dinheiro que ela pegou emprestado”. A ideia, segundo ele, é implantar um modelo de escala nacional em que o banco vai atuar em suas agências e capacitar agentes próprios para fazer o trabalho de campo e orientação.
O prazo para início do projeto, segundo Bendine, é imediato. E, segundo o presidente do BB, já há um aporte de R$ 1,5 bilhão para começar este projeto.

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