domingo, 29 de maio de 2011

Criar um Mundo sem pobreza requer trabalho e superação de preconceitos corporativos

gentes brasileirasInteressante notar que no Brasil ainda não exista uma discussão séria sobre o papel das microfinanças na redução da pobreza. Há aqueles que acreditam que o microcrédito pode destruir o Sistemas Financeiro Nacional. Um absurdo!Contudo, bom seria, uma vez que   leva bilhões de reais  dos cofres públicos para  cofres de 6 grandes bancos que detêm a maior parte do crédito nacional e para os quais o País tem que pagar 5,7% do PIB com despesas de juros. Tais banco até mostraram-se interessados em operar no ramo de microcrédito; contudo não conseguem administrar os recursos porque não dispõem  de Know How para distribuição da carteira  nesta modalidade e porque preferem destinar seus recursos para operações com  títulos públicos que pagam mais.

Desta forma, os recursos são mantidos na esfera financeira e quase não chegam aos microempreendedores.

Quando as corporações do setor financeiro  realizam um evento para discutir a questão do microcrédito, as intenções são outras. Procuram discutir a sua regulamentação. Evidentemente a regulamentação se faz importante; contudo não é o mais importante a ser discutido. O importante para a atividade,  é de fato, o tomador final que depende do microcrédito para desenvolver suas atividades. Outro grande equivoco é quando se classifica o microempreendedorismo como economia informal. Não se deve confundir um agente que comercia produtos altamente tecnológicos contrabandeados da China com um microempreendedor que cria seu próprio produto com recursos pessoais ou coletivas. Uma coisa é uma cooperativa de costureiras; outra é um grupo de contrabandistas de parafernálias tecnológicas.

Embora ainda existam confusões dessa natureza; algo vem mudando nos últimos anos. Há de fato uma abertura das instituições públicas para promoção das microfinanças no Brasil. O Governo tem procurado não somente apoiar, mas fomentar, por meio do órgãos competentes,  a distribuição de microcrédito. Esta semana, por exemplo, o Branco do Brasil anunciou uma parceria com o Professor Muhammad Yunus a fim de trazer o modelo criando por ele para o Brasil.  Essas iniciativas são muito bem vindas e espera-se que tragam resultados consistentes, colocando as microfinanças em outro patamar de discussão, uma vez que trata-se de um dos mais   eficazes  mecanismos de redução  da pobreza extrema.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

BB fará parceria com Nobel da Paz para microcrédito, diz Bendine Objetivo é trazer modelo de microcrédito criado por Yunus para o Brasil. Segundo o executivo, já há aporte de R$ 1,5 bilhão para iniciar projeto.

26/05/2011 16h01 - Atualizado em 26/05/2011 18h06

Alex Araújo Do G1 MG

O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, afirmou nesta quinta-feira (26) que o banco vai assinar um protocolo de intenções com o fundador do Grameen Bank, o maior banco do microcrédito do mundo, Muhammad Yunus. O objetivo, segundo Bendine, é trazer o modelo de microcrédito criado por Yunus para o Brasil. Bendine e Yunis participaram do IV Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade, em Belo Horizonte.
Muhammad Yunus (esquerda) e Aldemir Bendine em evento em Belo Horizonte nesta quinta-feira (26) (Foto: Alex Araújo/G1 MG)
Muhammad Yunus (esquerda) e Aldemir Bendine em evento em Belo Horizonte nesta quinta-feira (26) (Foto: Alex Araújo/G1 MG)
Conhecido como "banqueiro dos pobres" e agraciado com o Nobel da Paz em 2006, Yunus fundou o Graeem Bank em 1983 e, com essa instituição, concedeu créditos para 8,3 milhões de bengaleses, em sua maioria, mulheres.
De acordo com o executivo, apesar de o BB ter um modelo de microcrédito, será assinada uma parceria para transferência de tecnologia, que será adaptada para o modelo brasileiro. “Aqui o Banco do Brasil tem o microcrédito para consumo, e a orientação do professor Yunus vai colaborar pra transferir esse microcrédito para produtivo”, disse.
“O objetivo é ajudar as pessoas a crescerem e gerar a própria renda. Que as pessoas multifacetadas precisam de oportunidades para crescerem”, afirmou Yunus. “O dinheiro pegado de empréstimo de microcrédito precisa ser colocado em algum negócio para gerar mais renda. Assim as pessoas poderão ser autossustentáveis”.
De acordo com ele, o foco do microcrédito será “a pessoa mais pobre possível. Se a gente for na casa da pessoa e ela não tiver uma cama pra dormir, é essa pessoa que a gente vai escolher para o microcrédito”, afirmou. “Vamos privilegiar a pessoa que não tem quase nada”.
Segundo o presidente do BB, o banco enfrenta dificuldade para direcionar o microcrédito à produção porque eles “são feitos dentro das agências bancárias e depois não há como acompanhar e orientar como a pessoa deve gerir aquele dinheiro que ela pegou emprestado”. A ideia, segundo ele, é implantar um modelo de escala nacional em que o banco vai atuar em suas agências e capacitar agentes próprios para fazer o trabalho de campo e orientação.
O prazo para início do projeto, segundo Bendine, é imediato. E, segundo o presidente do BB, já há um aporte de R$ 1,5 bilhão para começar este projeto.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Grandes do microcrédito procuram o Brasil para expandir suas operações

images[1]Os gingantes do microcrédito veem no Brasil uma grande oportunidade de expandir seus negócios. Este ano, o Grameen Bank, fundando pelo Prêmio Nobel Muhammad Yunus, anunciou o inicio de suas operações no Brasil a partir 2012. Neste mesmo ano, os europeus anunciaram sua chegada ao país. O grupo de investidores tchecos MYELEN ( My Electronic Loan Exchange Network), que já opera com grande sucesso no México há cinco anos, esteve no Brasil em abril e já realizou parcerias com interessados locais. O blog Gentes microfinanças conversou com exclusividade com seu fundador e diretor executivo Tomas Hes. “ Temos muito interesse no Brasil porque é uma país de grandes oportunidades e gente capaz” Afirmou Tomas, que é responsável pela expansão do fundo. Segundo Tomas, MYELEN é mais que um fundo interessado em ter lucros. “ é na verdade um projeto que busca desenvolver pessoas, esse é nosso negócio” disse Tomas. MYELEN tem o apoio de pessoas de grande reputação na República Tcheca, como e a violinista Gabriela Demeterová que realiza shows a fim de arrecadar fundos para investimento na linha de microfinanças em países emergentes. “Nossa equipe é composta por pessoas com ideias claras”, diz Tomas que fala português muito bem”. Filho de acadêmicos renomados em seu país, economista formado pela Universidade Técnica de Liberece e com grande experiência profissional em instituições financeiras da Europa, Tomas esteve no Brasil em 2003. Foi quando viu a oportunidade de realizar parcerias futuras no país. Seis anos mais tarde retornou decidido a investir seus esforços com o projeto MYELEN. “ Temos muita experiência e objetivos bem estabelecidos.” declara enquanto saboreia rãs fritas com salada de almeirão. Tomas insiste que as intenções do grupo no Brasil é de uma relação duradoura. “queremos uma relação duradoura na linha do comércio justo” disse o jovem executivo, enquanto saboreava uma mistura de suco de manga com açaí, uma invenção sua. “O microcrédito é o negócio que tem a proeza de ajudar as pessoas menos favorecidas a se desenvolverem dignamente”. Mas alerta, “não fazemos caridade, isso não dá sustentabilidade a ninguém, somos um negócio que opera dentro do conceito de Economia Solidária..” Não obstante o grande entusiasmo dos tchecos em operar no ramo de microcrédito no Brasil, não faltou uma certa preocupação de Tomas quando indagado da decisão do Banco Central do Brasil em taxar a entrada de capital estrangeiro em 6%. “Isso não é o fim, mas nos preocupa, uma vez que nosso negócio só é viável com rotatividade de curto e médio prazos”. Assista ao vídeo exclusivo da vinda da MYELEN.COM ao Brasil:

copyright www.myelen.com

sábado, 7 de maio de 2011

MICROFINANÇA, O QUE É?

gentesmicrofinançasMicrofinança ou como costumamos dizer no Brasil, microcrédito, é  a atividade econômica que tem por finalidade distribuir crédito para pequenos negócios ou grupo de negócios que não têm acesso aos meios tradicionais de crédito. Tomemos por exemplo, uma cooperativa de catadores de papelão que precise de dinheiro para compra de uma prensa de papel; mas que encontra dificuldades para conseguir crédito no mercado tradicional, o de crédito bancário.Ou ainda, um pequeno fabricante de telas de alambrado que precise atender uma demanda e para isso tenha que comprar uma máquina e contratar funcionário. Quase sempre essas pessoas não são atendidas pelo crédito bancário. Isto, porque os empréstimos para esse público concentram-se em pequenas quantidades,  os risco são maiores e a taxa de retorno muito baixa,  não compensando para os bancos os custos.Neste sentido,  a microfinança surge como um verdadeiro socorro para os pequenos empreendedores, uma vez que concentra seus esforços na garantia de crédito com taxas de juros mais baixas. Atrelada ao conceito de Economia Solidária, a microfinança, dá novos rumos às pequenas atividades e ao desenvolvimento econômico das pequenas comunidades.Mas atenção, a microfinança não representa uma atividade gratuita, ou sem fins lucrativos. É um negócio. É precisa, por isso, de seriedade econômica para torná-la viável e sustentável. É uma atividade que exige controle constante e árduo trabalho para quem a desenvolve. Não obstante é um negócio de extrema importância tanto no caráter social quanto econômico.Trata-se de   distribuição de crédito em pequenas quantidades; mas que fazem grandes diferenças para os pequenos empreendedores.

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